A dubiedade de Raquel Lyra, sob o prisma de Ferreira Goulart, em traduzir-se: Será arte?
*na foto Raquel Lyra com bolsonaristas como Clarissa e Júnior Tércio.
A candidata a Governadora de Pernambuco pelo PSDB, Raquel Lyra, vive numa dubiedade acerca de sua posição quanto à disputa pela Presidência da República.
Uma Parte de Raquel, por puro oportunismo, é o ex Presidente Lula(PT) e a outra parte dela é o Presidente Bolsonaro. Assim, Raquel não consegue TRADUZIR-SE, nem traduzir para o eleitor pernambucano de que lado está. É Raquel sendo tucana, na sua mais saliente característica: a de ficar em cima do Muro. Veja abaixo o poema de Ferreira Goulart, Taduzir-se:
Uma parte de mim
é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera;
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
Raquel Lyra tem todos os bolsonaristas de Pernambuco ao seu lado, no fundo da foto acima, está duas das figuras mais representativas do bolsonarismo do estado que é o casal Clarissa e Júnior Tércio. Numa fala ontem, na adesão do PP, partido bolsonarista, a Missionária Michele Collins afirmou: "Raquel assumiu compromisso com todas as nossas pautas". As pautas a que se refere Michele Collins são as mais conservadoras possíveis.
No mesmo dia de ontem(14), Raquel Lyra recebeu o apoio do Podemos e, ao lado do Presidente Estadual, o Deputado Federal Ricardo Teobaldo, a candidata meneou a cabeça pra cima e baixo como sinal de concordância e aprovação, quando o Ricardo Teobaldo afirmou: "Raquel é Lula".
Afinal, quem é Raquel? Quais os compromissos ela está assumindo? Quem ela apoia e vota pra presidente?
Uma candidata a governadora que não tem lado numa eleição para Presidente da República presta um desserviço à democracia. Essa dubiedade de Raquel. Essa dificuldade de assumir um lado, de traduzir-se e de traduzir para o eleitor a sua preferência, é puro oportunismo "questão de vida ou morte ou será arte"? Como diria, simplesmente Ferreira Goulart.
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