Espetáculo: Caetano Veloso faz show no nível e tamanho que só monstros da MPB como ele, podem fazer
O Título de Cidadania é uma espécie de adoção que um Estado faz ao nascido em outro Estado, pela contribuição realizada àquele Estado. Assim como se faz, no Registro de Nascimento de Pessoas Naturais, não consta a inscrição "adotado", simplesmente é um filho como os natos. Caetano é Pernambucano e ponto final.
Para quem não sabe, Caetano Veloso é Cidadão de Pernambuco e recebeu o Título de Cidadania, na Assembleia Legislativa, num Projeto do então e atual Deputado Lula Cabral(Solidariedade), em 21 de março de 2001.
"Caetano Veloso, o mais Baiano dos artistas, mesmo diante da peleja cultural travada por Pernambuco e Bahia, precipuamente na música , vem desempenhando em suas apresentações públicas o papel de Embaixador da Cultura Pernambucana, onde anuncia
para quem interessar possa, e com muito entusiasmo: " sinto-me quase um
Pernambucano". Motivo: O deslumbramento que lhe causou a leitura do livro "Minha Formação" do ilustre Pernambucano e Patrono de nosso Parlamento Estadual, Joaquim Nabuco e pela qualidade de nossa Produção Cultural. No seu novo Show, intitulado "Noites do Norte", que está sendo apresentado em turnê pelo Brasil, Caetano afirma: 'apesar de todo amor que sinto pela Bahia
gostaria de ter nascido em Recife, gostaria de ser Pernambucano'. Perguntado em entrevista à Revista Continente Multicultural, Qual a melhor novidade da música nacional?, não titubeou, "é a Banda de Recife, Nação Zumbi. Nada demais, se não fosse o seu comentário e sua justificativa, quando afirma: "A banda baiana Olodum não tem condições, sequer, de lamber os pés da nossa Nação Zumbi." Assim, escreveu o então Deputado Lula Cabral, à época, em sua justificativa para a adoção de Caetano como pernambucano.
Os críticos que me perdoem, mas deveriam pensar três vezes ao constestar a contratação do pernambucaníssimo Caetano Veloso, para qualquer evento. Esse Baiano/Pernambucano, é propício no Carnaval, no São João, na Semana Santa, no Natal, no Réveillon, num velório. Caetano é Caetano. Ele é único. É um imortal da boa música popular brasileira. Ele é eclético, gênio da música e senhor dos palcos.
Ontem(17), esse octogenário, com disposição de menino, anastesiou o público no Marco Zero, do Recife. O Carnaval de Recife é Multicultural, porém não mais que esse gênio da MPB.
O público foi ao delírio, num show que teve hora para acabar, mas com certeza, ficará gravado na mente dos privilegiados, que se fizeram presente, na abertura do Carnaval de Recife.
Nossa reverência a Caetano. Aos críticos, perdão. Mas lavem bem a boca para pronunciar esse nome. Caetano é gênio. É um monstro sagrado. É patrimônio vivo da cultura e da música brasileira.
Assim, Como o inesquecível Eduardo Campos fez no seu último carnaval, o seu filho, hoje Prefeito de Recife, João Campos, acertou na Mosca, ao trazer Caetano para abrir o Carnaval de Recife. Parabéns Prefeito, Recife agradece.
Hoje, sábado de Galo, posso dizer "que o Recife acordou, deu bom dia e encontrou todo do povo nas ruas nas praças...."
Obrigado Caetano!
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