Ligações perigosas: PF aponta que Gerente do MEC e Pastor Gilmar estiveram 63 vezes no mesmo hotel
Do Diário de Pernambuco
A Polícia Federal afirmou que o pastor Arilton Moura e o então gerente de projetos da Secretaria-Executiva do Ministério da Educação (MEC), o advogado Luciano Musse, estiveram ao mesmo tempo em um hotel em Brasília em pelo menos 10 ocasiões entre 2020 e 2022. Os dois estão envolvidos na Operação Acesso Pago, deflagrada pela corporação para investigar suspeitas de corrupção na pasta. Segundo a apuração, Musse é "personagem importante" no caso, pois atuaria como operador financeiro do suposto esquema ilegal. Ele chegou a assumir a Gerência de Projetos da Secretaria-Executiva do ministério, em abril de 2021, mas foi exonerado em março deste ano, em meio ao escândalo.
"Luciano, no contexto investigativo, é personagem importante no suposto esquema de cooptação de prefeitos para angariar vantagens pessoais através do direcionamento ou desvio de recursos do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) / MEC a pretexto de atender políticos/prefeituras, caracterizando, hipoteticamente, uma sofisticada captação ilegal de recursos públicos com a eventual infiltração de operador financeiro na gestão da pasta", aponta a investigação. O advogado foi infiltrado pelos pastores no MEC e passou quase um ano no cargo. O hotel era usado para negociações de verbas federais com prefeitos, como revelou a Folha de S.Paulo. A análise nos arquivos do hotel mostrou um total de 63 hospedagens no nome de Arilton Moura e 29 no nome dele Luciano Musse desde 2020. Os investigadores também encontraram um check-in do pastor Gilmar Santos.
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