Na surdina, Ricardinho antecipa a eleição, num acordão para reelegê-lo Presidente da Câmara do Cabo.

No meio da semana o Diário Oficial trouxe uma publicação, onde o Regimento da Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho fora alterado, com a assinatura de 20 dos 21 vereadores da Casa, autorizando a antecipação da eleição da Mesa Diretora da Casa para o biênio 2023/24, que seria em janeiro de 2023 para esse mês de fevereiro.

A alteração da regra do jogo no meio do jogo é um casuísmo condenável e imoral. O Presidente Ricardinho conseguiu alterar o Regimento Interno apenas para beneficiar-se já que há um acordo entre os vereadores para reelegê-lo para mais 2 anos, referentes o biênio 2023/24. Antes da alteração casuística a eleição só iria ocorrer em janeiro de 2023.

Porque a pressa e o que há por trás desse grande acordo, que faz com que Vereadores, como Dr. Zé Carlos(PDT), Sueleide de Amaro(PP), que fizeram graves denúncias de corrupção contra o Presidente Ricardinho(MDB) votasse a favor dessa mudança imoral? Como entender o Vereador César Paiva(PTC), que tinha o Presidente não apenas como adversário, mas até como inimigo pessoal e agora passa a ser o maior defensor da reeleição do mesmo?

Também na surdina, o Presidente da Câmara do Cabo, Ricardinho já publicou no Diário Oficial do dia seguinte a esdrúxula alteração do Regimento, o Edital de Convocação de Nova Eleição da Mesa Diretora para o Biênio 2023/2024. Porque tanta pressa.

A eleição para reeleger Ricardinho como Presidente da Câmara Municipal do Cabo, como se vê no Edital acima, está marcada para próxima quarta(9), em sessão virtual.

Segundo informações colhidas pelo blog de alguns assessores dos próprios vereadores, o acordo para fazer de Ricardinho Presidente novamente passa pela distribuição de mais um Cargo para cada gabinete, no valor de R$ 8.600,00(oito mil e seiscentos reais), vale refeição para os Vereadores e ainda Plano de Saúde para os mesmos.

Vamos aguardar e ficar vigilantes quanto a esses benefícios distribuídos para garantir mais esse vergonhoso absurdo cometido por nossos "nobres", mas não tão nobres vereadores do Cabo de Santo Agostinho.