O show do Caos: um espetáculo de incoerência e irresponsabilidade. O caos verdadeiro, virá depois.

Ontem, sábado(29), o Cais Rooftot promoveu um show que, no anúncio dizia: "este show respeitará todos os protocolos de saúde". O vídeo acima mostra a verdadeira verdade. E como bem diz a música cantada pela dupla Henrique & Juliano: "é aí que mora o perigo".

O que chama mais a atenção e nos causa repúdio é a incoerência com que as autoridades sanitárias do Estado de Pernambuco tratam os protocolos de prevenção à pandemia.

A quem interessa a autorização dessas festas senão aos grandes produtores de eventos, que gananciosos e ávidos por lucros e mais lucros, não está nem aí que, jovens alienados levem para casa a variante Ômicron para contaminar seus familiares?

Quem tão poderoso faz lobby junto às autoridades para que crimes contra a saúde pública seja cometidos em Pernambuco todos os finais de semana.

O que é interessante é a gente ouvir as autoridades numa coletiva de imprensa divulgar, por exemplo, que num restaurante uma mesa não pode reunir mais de 20 pessoas, porém permite mais de 5 mil jovens, sem máscaras e ingerindo bebidas alcoólicas possam se aglomerar num show que atende apenas ao interesse privado.

O show do bloco do Caos foi um caos e o caos ainda estará por vir, pois depois de 5 dias de um evento desses, os resultados não serão dos melhores.

Esperamos que as autoridades estaduais, já amanhã, segunda feira(31) proíba todos os outros eventos privados dessa natureza em nome do interesse público e da saúde pública dos pernambucanos. A permanecer assim, dessa forma, com eventos nesse formato, as autoridades sanitárias do Estado de Pernambuco poderão, com justiça, serem tachadas de incoerentes e irresponsáveis. O bloco do Caos foi um caos e, infelizmente " é aí onde mora o perigo".

Qual a diferença entre autorizar essas festas privadas e o Carnaval de Rua? Acredito que seja apenas os destinatários. O Carnaval de rua atende os pobres, é de graça. Essas festas privadas, apenas para jovens abastados. Entendemos que não deveria haver, nesse momento de aceleração de contaminação pela variante Ômicron, nem festas públicas em nome da saúde pública. Do contrário, devemos gritar: viva o Vírus!