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Foto do escritorPaulo Farias

Outdoors do aniversário do Cabo traz promoção pessoal de Keko e mensagem divorciada da verdade



A ironia é uma figura de linguagem, por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender; uso de palavra ou frase de sentido diverso ou oposto ao que deveria ser empregado para definir ou denominar alguma coisa.


Foi justamente com uma ironia que o Prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém(PP) resolveu fazer uma homenagem a si mesmo, quando deveria ser ao aniversário da Cidade, usando a seguinte ironia: "Amor e cuidado por nossa gente", com uma foto sua, num flagrante caso de promoção social, além do divórcio total com a realidade em que vive a população do Município.


O outdoor da foto já mostra o descaso do meio fio coberto de mato. É assim, que se encontra toda a Cidade, coberta de lixo e com meio fio e linha d'água repleta de mato.


Na saúde, os munícipes vivem no caos. Faltam médicos e medicamentos. O povo sofre sem atendimento médico. "Se esse é o tratamento de quem ama e cuida, imagine se fosse diferente". Disse o suplente de Vereador Paulo Farias.


As crianças do Cabo sofrem com merenda de péssima qualidade, falta de transporte escolar, escolas em reformas infindáveis, ausência de profesosres de apoio para crianças especiais.




Essa é a a situação da maioria dos Bairros do Cabo hoje(8), véspera do Aniversário da Cidade. Keko do Armazém negligenciou na prevenção e as consequências das chuvas estão sendo danosas à população. É assim, que Keko do Armazém cuida das pessoas.


A Cidade está repleta de lixo, mesmo com o Município gastando R$ 78 milhões por ano, com a Limpeza Urbana.



Muito embora, o povo do Cabo de Santo Agostinho não tenha o que comemorar e o Prefeito Keko do Armazém tenha editado um Decreto de Contenção de Gastos, o Município vai gastar mais de um milhão de reais com festas. Só de cachês de artistas são R$ 560 mil reais, sem contar com as despesas de som, palco, iluminação e segurança.


Buscando evitar esses gastos desnecessários, o suplente de Vereador Paulo Farias(PSB) ingressou com uma ação popular na Vara da Fazenda do Cabo. O Ministério Público manifestou-se pelo cancelamento das festas em respeito aos princípios da moralidade, razoabilidade, proporcionalidade e eficiência, que são norteadores da boa administração pública. Veja abaixo trecho do Parecer Ministerial:


Veja trecho do Parecer do Ministério Público, na Ação movida pelo suplente de vereador Paulo Farias para barrar os shows de aniversário do Cabo:


“Sabe-se que o Município do Cabo de santo Agostinho/PE, sofre com a carência de serviços públicos e diversas obras inacabadas, de modo que a limitação e finitude do dinheiro público impõe ao administrador o dever de otimizar a alocação de recursos na satisfação das necessidades mais prementes da população, haja vista o princípio da eficiência previsto no caput do artigo 37 da Constituição Federal.


Esse quadro conduz à conclusão de que o que está em jogo, na realidade, é a proteção do chamado “mínimo existencial”, assim compreendido como o núcleo essencial de direitos a permitirem uma existência minimamente digna por parte dos cidadãos.


Há que se destacar que o Ministério Público não é contrário à realização do evento festivo, sendo uma manifestação de um direito fundamental ao lazer e à cultura garantido pela Constituição Federal de 1988.


Todavia, em atenção aos princípios da razoabilidade/proporcionalidade, deve-se ponderar entre o porte da festividade que se pretende realizar, com grande quantidade de shows, com preços exorbitantes, e as necessidades basilares da coletividade.


Assim, devido à atual precariedade enfrentada pela população local, especialmente nas áreas da saúde, educação e infraestrutura (pavimentação de ruas, manutenção de estradas rurais e iluminação pública), a realização dos referidos eventos afronta os princípios da legalidade, moralidade, eficiência, proporcionalidade e razoabilidade que orientam a Administração Pública.”

BRUNO MELQUIADES DIAS PEREIRA

Promotor de Justiça


Mesmo assim, a Juíza da Vara da Fazenda autorizou a realização desse absurdo contra os cofres públicos. Porém, irresignado, o suplente Paulo Farias ingressou com um recurso de agravo de instrumento no TJPE e aguarda decisão do relator, para barrar essa farra.


"Keko do Armazém chega a ser hilário. Ironizou com a população do Cabo quando difunde que "cuida e ama nossa gente" e ainda usa da propaganda institucional para promover sua imagem, o que é vedado. Esse outdoor, literalmente, tem a cara de Keko, ou seja, a mentira. Vamos ingressar com outra ação." Disse o suplente Paulo Farias.



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