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Foto do escritorPaulo Farias

Para onde irá o Cabo de Santo Agostinho após a eleições?


*por Jairo Lima



Eu vejo o Cabo de Santo Agostinho como uma cidade de contrastes marcantes. Por um lado, temos uma economia robusta, com uma arrecadação anual de 1 bilhão e 200 mil reais, sendo a quarta maior do estado de Pernambuco. Contamos com dois pólos industriais, o antigo e o de Suape, que abrigam 13.451 empresas ativas, além de um comércio dinâmico e um litoral de 24 quilômetros de beleza singular. Nossa história é rica, marcada pela chegada do navegador Vicente Yanez Pinzón em 26 de janeiro de 1500, um capítulo importante na história mundial.


No entanto, ao mesmo tempo, enfrentamos sérios desafios sociais. A violência tem se tornado uma preocupação crescente, com uma taxa alarmante de 81,2 homicídios para cada 100 mil habitantes. A educação também precisa de atenção urgente, com uma taxa de analfabetismo de 13%. Além disso, cerca de 17 mil pessoas ainda vivem sem acesso à água, e o processo de favelização é um dos mais intensos de Pernambuco.


Outro aspecto que não podemos ignorar é a qualidade de vida dos nossos moradores. A cidade carece de espaços culturais, lazer saudável, áreas arborizadas e locais de convivência social. Isso impacta diretamente na autoestima da população, que muitas vezes se sente desvalorizada e desmotivada.


Diante deste cenário, estamos à beira de mais uma eleição municipal. Este momento é crucial para a nossa cidade, e acredito que é fundamental haver um debate sério e responsável sobre o futuro do Cabo de Santo Agostinho. Não podemos mais aceitar promessas vazias e políticas ineficazes. Precisamos de candidatos comprometidos com a transformação real da nossa cidade.


Os candidatos devem apresentar propostas concretas para reduzir a violência, melhorar a educação e garantir o acesso a serviços básicos para todos. Também é essencial que planejem estratégias para promover a cultura, o lazer e a convivência social, criando um ambiente mais acolhedor e valorizado para todos os moradores.




Mas não basta apenas cobrar dos candidatos. Nós, cidadãos, temos um papel fundamental nesse processo. Devemos participar ativamente dos debates, questionar, exigir transparência e acompanhar de perto as ações dos futuros governantes. A responsabilidade pelo destino do Cabo de Santo Agostinho é de todos nós.




Vamos juntos construir uma cidade mais justa, segura e vibrante. O futuro do Cabo de Santo Agostinho depende do nosso engajamento e da nossa capacidade de escolher líderes comprometidos com o verdadeiro progresso e bem-estar de todos.




Os desafios que enfrentamos no Cabo de Santo Agostinho são grandes, mas não insuperáveis. Com uma economia forte, temos o potencial de transformar essa realidade e criar uma cidade onde todos possam viver com dignidade e segurança. No entanto, isso requer compromisso e ação tanto dos nossos líderes quanto de cada um de nós.






*Jairo Lima é membro da Academia Cabense de Letras, artista plástico e Gestor Público

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