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Foto do escritorPaulo Farias

Se vivo fosse, Luiz Gonzaga diria que Caruaru e Campina Grande faz tudo, menos São João.





A cultura é informação, é a reunião de conhecimentos aprendidos no decorrer de nossas vidas, é herança social.


Cultura, muitas vezes é confundida com aquisição de conhecimentos, com educação, com erudição. A cultura é informação, é a reunião de conhecimentos aprendidos no decorrer de nossas vidas, é herança social. Por ser uma herança social, o ser humano “recebe” a cultura dos seus antepassados, mas cada pessoa, cada indivíduo é capaz de modificar a cultura herdada, pois a cultura é modificável, flexível, o ser humano “recebe” a cultura e a remodela, portanto a cultura não é fixa. Cultura é tudo aquilo que aprendemos e compartilhamos com nossos semelhantes.


Aprendi que não existe nação sem povo e que não existe povo sem cultura. E através de sua cultura forte o povo nordestino ficou tão forte, que muitos de outras regiões procuram destacá-lo, separá-lo. Quer dizimar um povo, descaracterize sua cultura.


Diante de tanta riquezas, as festas juninas são expressão maior da cultura nordestina. Suas comidas e principalmente sua música, que tem raiz em Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Arlindo dos 8 Baixos, Dominguinhos e, que continua viva, mesmo diante dos ataques daqueles que querem, apenas por interesse comercial, deturpar, colocar em segundo plano, em plena festa junina, os discípulos de Gonzaga, nas maiores festas como as de Caruaru e Campina Grande, em nome de artistas do modismo comercial. Mas Gonzaga vive.


Um dos seguidores de Gonzaga, o Cearense Raimundo Fagner, fala em curaras palavras todo o significado de Luiz Gonzaga para o nordeste e para a cultura nordestina.


É lamentável a gente ter notícia que cantores do autêntico forró, como Flávio José, Santana, Maciel Melo, Flávio Leandro, Santana, Alcimar Monteiro, Jorge de Altinho, Nando Cordel, dentre outros sejam preteridos ou terem sua participação diminuída, encurtada nos palcos de Caruaru e de Campina Grande.


Com todo respeito ao talento e ao sucesso de Léo Santana, Ivete Sangalo, Gustavo Lima e outros representantes do "breganejo", como bem definiu Alcimar Monteiro, o que promove hoje Caruaru e Campina Grande pode ser tudo, menos São João.


O São João é uma festa da cultura nordestina e o que é da cultura toca no fundo da alma, emociona e arrepia. É raro um Pernambuco não arrepiar-se ao ouvir o batuque do maracatu, o som de uma boa orquestra de frevo. Quando a música toca na alma de um povo, é a cultura aí, viva.


A cultura é de graça, o povo tem acesso e participa. O que hoje ocorre nessas duas grande cidades é uma corruptela de São João, vendido para quem pode pagar caro. O São João de Luiz Gonzaga sempre foi o São João do Povo. Mesmo diante de todas essas agressores, nossa cultura resiste, vive na voz dos seguidores de Luiz, Dominguinhos e Jackson do Bandeiro, que canta coisas lindas e que edificam. Viva a Luiz Gonzaga! Viva São João, Viva a Cultrura e viva ao bravo, forte e rico povo nordestino.

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